HISTÓRIA
Como sabemos, um grupo de juízes-auditores se reuniu, no ano de 1982, na Sede da 1ª Auditoria da Aeronáutica, da 1ª CJM, localizada na cidade do Rio de Janeiro, sobre a liderança do saudoso Juiz-Auditor, Teócrito Rodrigues de Miranda, para criar uma entidade associativa capaz de promover a independência da Justiça Militar da União e as prerrogativas de seus integrantes.
Esclareça-se, que a circunstância de, naquele ano, o País ainda encontrar-se sob o Regime Militar, quando, então, as garantias constitucionais e as liberdade públicas estavam comprometidas, não foi fácil o sucesso da iniciativa daqueles juízes-auditores, porquanto, na visão dos dirigentes do Superior Tribunal Militar, associação era coisa que se compatibilizava mais com os sindicatos do ABC Paulista, e não assim, com os que exercem a atividade jurisdicional, no caso os juízes, razão pela qual, a resistência do Tribunal foi muito grande à concretização do ideal associativo.
Lembro-me da dificuldade ocorrida na realização da primeira eleição, já que muitos juízes-auditores não se predispunham a assumir a presidência da novel, em face da resistência do Tribunal, ocasião em que surgiu um magistrado com liderança, capacidade de luta e qualificação pessoal e profissional, que aceitou como encargo presidir a entidade, AMAJUM, embora, sabedor de que iria enfrentar muitas incompreensões. Este Juiz-Auditor, que merece, eternamente o reconhecimento e homenagem de seus colegas, chama-se Mauro Seixas Telles.
Desde então, muitos juízes-auditores, deram a sua substanciosa parcela de colaboração na presidência de nossa entidade, realizando um trabalho de fortalecimento e de prestígio da categoria, no plano institucional e funcional, tais como: Adilson de Vasconcelos Leal, Júlio César da Silva Fagundes, Waldir da Silveira Melo – (de saudosa memória) -, Carlos Augusto de Moraes Rego, José Barroso Filho e Edmundo Franca de Oliveira, etc. Além daqueles outros, que integraram as respectivas diretorias, cada qual, dando o melhor de si na sua área de atuação, enfatizando, que o trabalho coletivo dos juízes sempre foi voltado para a garantia institucional do Poder da Justiça Militar da União, bem como para o fortalecimento dos predicamentos dos magistrados.
Assinale-se, por último, que nos seus 33 anos de luta, de trabalho e dedicação, foram escritas páginas valiosas e enriquecedoras para a história da entidade, bem como, para a Justiça Militar da União, fazendo com que, merecesse a consideração e o credenciamento de todas as suas co-irmãs, isto é, as diversas associações de magistrados, que no plano federal, quer no plano estadual, vale dizer no plano nacional.
Juiz-Auditor EDMUNDO FRANCA DE OLIVEIRA fala um pouco sobre a JMU